11 outubro 2012

Fátima a pé...

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Novamente de volta, após uma longa caminhada a Fátima a pé (mais precisamente 3 dias)!
É sempre uma experiência um pouco dolorosa mas simplesmente fantástica pelas experiências, pelo grupo e pela sensação de chegar.
Éramos um grupo de 43 peregrinos e 3 pessoas de apoio e não dá para descrever tudo o que se sente, só posso dizer que no final do balanço é ... muito bom. No grupo que fui temos apoio ao nível de massagens, cuidados com os pés, bolhas, etc, tratam da nossa dormida e comida, é mesmo muito bom.
Era também a comemoração da 100.ª peregrinação do organizador do grupo que foi simplesmente bela!

AO NÍVEL PESSOAL ESTA EXPERIÊNCIA PERMITE-NOS, POR EXEMPLO:

- Testar a nossa capacidade de sofrimento e os nossos limites;
- Minimizar determinados sentimentos ou fraquezas do nosso dia-a-dia;
- Temos tempo para pensar na nossa vida, em nós, no que podemos melhorar/mudar;
- Entender que podemos sempre ajudar um pouquinho o nosso próximo;
- Dar valor a coisas que no dia-a-dia nos passam ao lado, como o simples prazer de beber, comer, descansar, ter uma cama, ter um tecto por mais simples que seja, ...
- Perceber que ainda há pessoas solidárias e excepcionais (e o oposto também);
- Ter uma experiência para a vida;
- Criar amizades;
- Criar potenciais contactos profissionais ao nível local;
- Perder uns quilinhos;
- Fortalecermo-nos psicologicamente;
- Comparar a minha capacidade de organizaçção com a de outrém (foi giro, acho que fui a única que não se esqueceu de nada e era engraçado pois cada vez que faltava algo perguntavam-me e eu tinha!);
- Sentirmos uma satisfação no final de cada dia e na chegada que não tem palavras;
- Ver o maridinho (que nunca foi!) a acharmos que somos o máximo e a encher-nos de miminhos e chocolates! ;)
- ...

Foi a minha 7.ª viagem e fui sem promessa (embora seja católica) e só posso dizer que ganhei muito. O engraçado é que tivemos no grupo pessoas de outras religiões que foram pela experiência, uns, e outros por solidariedade com amigo que está a passar um momento de aflição e gostaria de ir mas não podia. Esta capacidade destes últimos, que não tendo seguido o que tinha a ver com a nossa religião, foram capazes de se sacrificar por um amigo, deixou-me sensibilizada.

A repetir? Sempre que vou no caminho penso...para o ano não vou! Mas lá estou eu sempre! ;)




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